domingo, 23 de agosto de 2009



Aprendemos a falar
A nossa língua materna
Quando vamos à escola
Vira tudo uma baderna
A língua fica difícil
Mas a linguagem é eterna.

A gramática é feroz
Um estudo complicado
Quem não prestar atenção
Não terá bom resultado
Pra completar a questão
O estudo tá errado

Ela é valorizada
Como a grande potência
Mas ela apenas faz parte
Do estudo da ciência
Precisa ser estudada
Ver a nossa competência

Como é que explicamos
Anos a fio estudando
Tantas normas da linguagem
O mestre vive ensinando
Mesmo assim não se aprende
Nos concursos vão ficando

O que está acontecendo
Com as aulas de português
Se você souber me diga
Parece que é francês
Professor vive penando
E seu ofício não tem vez

Se lê algo no papel
Mas não há compreensão
Parece tudo ruim
Se gerando confusão
Realidade a parte
Pensar como cidadão

A leitura na escola
É um grande desafio
Na hora de aprender
Se escuta o assovio
Vamos já participar
E vencer com muito brio


A leitura é a ponte
Quem poderá nus unir
Em sintonia com o tempo
Curiosidade suprir
Abrindo seus caminhos
Dos mistérios descobrir

Como é bom ver você
Com o futuro a brilhar
Leitura como suporte
Conhecimento ampliar
Buscando informações
Na vida destacar

Ensinar o estudante
Esta é nossa missão
Usar palavras certinhas
Coerência e coesão
Dizer só frase completa
Sem que haja palavrão

Tem a poesia e o canto
O romance e o jogral
Tem a revista e a música
A crônica e o jornal
Toda leitura é bem vinda
Pra exercitar o oral

É para isso que existe
Curso como o GESTAR
Capacita e aprimora
O nosso árduo ensinar
A novidade nos chama
A agir e realizar


Autoras: Ireide Nobre, Isabel Emanuela, Maria Ilma, Marilene, Stênia Dantas.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

AVALIAÇÃO DO ALUNO ANTES DO GESTAR II

Trabalho com o 6º ano da EEF Demóstenes Ratts Barbosa com a disciplina de língua portuguesa e a maioria dos alunos tem dificuldades na assimilação dos conteúdos, isto sem falar, na falta de compromisso com os estudos. Alguns alunos são repetentes e não estão nem ai para estudar, muitos vem para a escola obrigados pelos pais e a maioria dos pais não liga para os estudos dos filhos, não procura orientá-los e ainda fica com raiva quando não tem aula, pois quer se livrar dos filhos. Alguns deles gostariam que os filhos estudassem em tempo integral.
Procuro sempre que possível levar uma novidade para a sala de aula e assim fazer com que os alunos fiquem motivados a estudar, mas mesmo assim ainda tem alunos que ficam dispersos e não conseguem aprender.
Espero que o GESTAR II me ajude a reverter esse quadro.

FATOS QUE MARCARAM MINHA VIDA

Eu me chamo Marilene Edite de Lima Silva, sou professora de português do 6º ano da EEF Demóstenes Ratts Barbosa. Leciono há 29 anos.
Quando terminei a 8ª série, resolvi fazer o científico, pois achava que não tinha vocação para professora. Desde o inicio minhas amigas tentavam me convencer para desistir do cientifico e fazer o pedagógico, só resolvi trocar no 2º semestre e gostei do curso, mas ficava receosa quando pensava em lecionar algum dia.
No meu estágio aconteceu um fato que me deixou intrigada. Eu e minha amiga ficamos juntas no estágio de regência numa 4ª série, a sala mais problemática da escola Dona Maria Amélia Bezerra. Antes de entrarmos na sala, a diretora da escola nos chamou e nos comunicou que havia um aluno naquela sala com mau hábito de bater nos colegas e depois fugir da escola e a mãe dele vivia reclamando para a diretora solucionar o problema, pois a mesma deixava o filho na escola e mau chegava em casa ele estava de volta pois havia fugido. Nos primeiros quinze dias fiquei ministrando as aulas e minha amiga ficava observando os alunos para que o menino não os agredisse e nem fugisse, porém ele era muito esperto e acabava fugindo. Chegou o dia dela dar aulas e eu observar os alunos, no primeiro dia que eu passei a observar os alunos, o menino tentou fugir de várias formas só que não conseguiu porque já conhecia as façanhas dele e não deixei. Por sua vez ele viu que não ia dar certo e chegou perto de mim puxou meu braço e deu uma mordida que ficaram as marcas de seus dentes , também não contei conversa peguei o braço dele e devolvi a mordida ( a dor era tão grande que não pensei duas vezes e por isso agi dessa forma ). Ele começou a chorar e mandei-o sentar. Ele ficou a aula toda de cabeça baixa, mas não fugiu. Ao terminar a aula fui à diretoria comunicar o fato ocorrido. Fiquei com medo de ser prejudicada por ter agido sem pensar. No dia seguinte procurei ficar tranqüila e fiz de conta que nada havia acontecido. O menino chegou, entrou na sala, assistiu a aula, não perturbou nenhum colega, não atrapalhou e não fugiu e a partir desse dia ele mudou totalmente seu comportamento, deixando de ser agressivo e tornou-se carinhoso com todos inclusive comigo.
Ao concluir meus estudos de 2º grau fui juntamente com minhas amigas a Secretaria de Educação a procura de emprego, pedi ao Professor Santana ( Secretário de Educação na época) uma vaga para agente administrativo ou auxiliar de secretaria , pois não tinha coragem de entrar numa sala de aula por medo de se repetir o que aconteceu no estagio. Porém só tinha vaga para professor, era pegar ou largar, então peguei e fui contratada para a EEF João Alencar de Figueiredo como professora da 3ª série.
No inicio fiquei com medo, mas logo a profissão me conquistou.
Hoje percebo que minha vida só tem sentido por causa da minha profissão por isso agradeço todos os dias a Deus por continuar educando apesar das dificuldades encontradas no caminho.